domingo, 15 de abril de 2012

Aquele afago

A menina chegou, deu um abraço e um afago nele. Ele virou e disse:

- Por que eu? Nem sou bonito!

E ela, prontamente:

- Beleza não põe mesa.
- Mas ganho pouco.
- E eu estou desempregada!

Ele sorriu.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Planos

Hoje eu senti aquela sensação de estômago apertado pensando e pensando. No meio de escritos científicos perdida em concentrações de triglicerídeos, perfis lipídicos e dosagens hepáticas.

Ok. Mas onde estou? Trabalho nº 2. Às 15:50. Estômago apertado e do nada meus pensamentos partem para outra esfera. Aquela que eu não deveria me predispor. Respiro fundo e então percebo que minhas olheiras decaem um pouco mais pelo incômodo.

Ok. Voltei pra casa naquele mesmo trajeto das 18:30. Um banho demorado, sem fome e com sede. Deito na cama e olho pro mesmo teto que me abriga, o forro que não é de PVC. Questiono-me. E lembrei que eu tinha planos. Sim, eu tinha.

O fato é como uma ação pode mudar o percurso de duas histórias. De dois personagens. Pedi minha demissão daquele "partido". A filosofia mudou e só o que me restou foi esse estômago apertado e a solidão. Todos nós temos culpa na delegacia. Nós dois fomos fichados. Acontece. Ninguém é perfeito. Resumindo: compreenda. Mesmo que você não receba o devido respeito.

Mas ainda me surpreende excogitar sobre: "gente, como tudo isso foi acontecer?"
Ou seja, como você se perde em devaneios e se deixa levar de tal forma que quando vê, a beira do abismo se encontra centímetros do seu dedão do pé.

Eu tinha planos e agora não tenho.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Ninguém sabe sobre....

Lá eu deitei e olhei para o forro de madeira. Refleti.

Chorei e foi perguntado: “tu veio aqui pra chorar?” – Não. Enxuguei as lágrimas.

Abri o “guarda-roupa” e li, li e reli, e ouvi. Olhei a minha volta e pouca coisa tinha mudado, mas o ar não era o mesmo. Ainda assim, não era desagradável...digo, tinha ficado melhor. Mais maduro. O mesmo cheiro.

Li e reli... pareceu que eu tinha caído em outro mundo. O meu. O de sempre. Ouvi Chico cantando em minha memória “ó pedaço de mim” e sorri, como se algo estivesse acalentando meu ser.

Saí dali e tudo tinha mudado. Mudei de vida. Mas, fiquei só.

Ninguém sabe sobre as travessuras do nosso coração, mesmo que isso te leve à solidão...

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Acontece

Essas coisas acontecem e posso ouvir:

"eu quis te dar um grande amor, mas vc não se acostumou... eu quis te dar um grande amor, mas vc não se acostumou com a vida de um lar... o que vc quer é vadiar..."

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Rio, nesse janeiro

Saí da cama e sentei aqui para escrever sobre o Rio (de Janeiro).

Não foi só mais uma cidade.
Ali eu fui feliz, encontrei a paz, presenciei o que meu espírito gostaria...cheguei tão atordoada, perdida em meios de artigos científicos, compromissos com orientador, compromissos com a faculdade, cidade quente e abafada, turbulenta. Consegui a passagem dois dias antes de viajar. Arrumei as malas às pressas e peguei o avião. Sozinha, com o coração batendo forte de tanta tensão estabelecida pela semana corrida.

Instalei-me na casa que eu designei "a casa das meninas", onde mora 6 mulheres já resolvidas (penso eu). Na casa onde há regras, rezas, preces e experiências com o bem. Fiquei por 4 dias. Nesses quatro dias amanhecia com o aterro do flamengo a vista, a paz reinando, o silêncio durando e o meu conhecimento adquirido. Foi lindo. Quase meditei. Quando voltei para Manaus, parecia que tinha tido umas férias de 30 dias!

Mês depois fugi do trabalho, das aulas e retornei para uma aventura. Subi a serra até Petrópolis. Instalei-me em Teresópolis. Ali parte de mim ficou. Aquela parte que acreditava em algo mais, quando desci a serra já não era a mesma pessoa de dias atrás.

E hoje eu me pergunto, por que o Rio? Porque foi nesse Estado que eu me encontrei e me perdi. Só hoje eu parei para observar a minha atual "consciência" e tentar identificar de onde ela veio.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Como cheguei a esse ponto?



Não é de se estranhar que 2011 foi o ano das decepções e o ano do conhecimento e de viagens. Semelhante aquela frase “sorte no amor, azar no jogo” ou vice-versa. “Sorte no jogo, azar no amor”. E quando eu cito o amor, não estou querendo dizer só de relação amorosa, mas sim com o resto das pessoas ao meu redor que até então me amam e vice-versa.

Mas a felicidade já é o que constatei há muito tempo: só há momentos de felicidade. O resto é comodismo.

Mas ainda assim foi o ano da PRESSÃO! Nunca vi tanta cobrança como se eu fosse capaz de resolver os problemas do mundo inteiro brother!

A pior parte de tudo é considerar e aceitar o que vc está passando. E no final das contas, ter de ouvir a verdade sobre vc. Ninguém tem culpa de julgar ao seu modo e de falar o acha e o que pensa. Deve ser isso mesmo. Não é bonito, mas é isso. E digo mais, há muito tempo é assim.

Eu sei de quem é a culpa: é minha. E se é minha, eu vou fazer do jeito que poderá me deixar mais confortável.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Máscara de oxigênio

Primeiro, é na gente. Depois é na pessoa que está ao seu lado.
Primeiro vc se cuida, depois cuida do próximo. É impossível cuidar do outro quando vc não está bem consigo mesmo.

=/

sábado, 12 de novembro de 2011

Discrepância

Silêncio.

Eu não sei porque cargas d'água isso tá acontecendo. A verdade que eu quero um buraco pra me enterrar. O "monte" que tenho pra escrever, é o mesmo "monte" que me condena.
(...)

E eu só quero um buraco pra me enterrar. Eu não quero silêncio.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O que será?

O que será que aconteceu?
O Régis sabe muito bem como responder essa questão.

Mas eu digo: - Será que foi o cabelo que eu deixei crescer? - Será que foi esses quilos a mais que se acomodaram na minha silhueta? - Ou será que eu fiquei mais chata ainda a ponto de ser insignificante?


Eu sei que eu to mal... Só.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

=/

Acho que eu perdi alguma coisa... deixei cair... ficou pelo caminho.
E ficou junto a minha motivação, a minha paciência e minha perspectiva.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O principal

"Saiu o concurso,
o dinheiro entrou,
o carro comprado,
a casa providenciada,
e no meio disso tudo faltou o principal,
- o amor.

Dessa vez tive que concordar com o Chico César ao cantar: 'coisas são só coisas servem só pra tropeçar, tem seu brilho no começo, mas se viram do avesso são um fardo pra carregar...' "

domingo, 19 de junho de 2011

Sem definição

Ficar sem definição com relação a certas situações nunca foi meu desejo.
Não sei se eu fico, não sei se eu vou, ou se quer vão me despachar como se não houvesse motivos para estar ali. Nem eu sei se ainda quero ficar ou ir embora. Não demoro muito pra tomar decisões, mas dessa vez fiquei sem ação.
Tão sem definição que por medo do futuro já ando organizando os novos horizontes. No buraco eu não fico, ah não fico mesmo!