sábado, 26 de setembro de 2009

Setembro

Dos acontecimentos:

Tive como hóspedes pessoas muito, muito amáveis. O feriadão do início de setembro foi tão feliz, que eu não imaginava que o resto do mês seria difícil! Até os meus hóspedes comentaram sobre esse mês onde tudo acontece. Não acreditei muito e deu no que deu.

Roubaram meus celulares, pois é usava dois, numa dessas trocas de ônibus andando pela cidade, uma criatura ordinária tirou da minha bolsa sem eu menos perceber. Peguei uma chuva, e ainda consegui ser acertada pela lama dos carros. Detalhe: a minha roupa era branca. Amanheci doente, mau-humorada, querendo me jogar no encontro das águas, e ainda por cima, cheia de razão! Outros detalhes de família, pessoal viajando, e eu ficando aqui com os meus botões e com a semana de prova.

Pelo menos estou viva e não pretendo escrever mais nada até o mês acabar.
Calma, falta pouco.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Aspectos noturnos da vizinhança

A minha vizinha tem um daqueles relógios antigos que dispara as horas tocando uma musiquinha e no final ele fica: ton, ton, ton, ton... a minha avó paterna tinha um desses quando eu era criança.
A cadela dela parece que sofre de câncer de mama, falando isso na minha visão leiga, pelo menos é o que parece. Coitada da bichinha, ninguém cuida dela. Ela caga na varanda e o odor se espalha até a janela do quarto onde eu estudo até às 03h da manhã. Não fecho a janela porque o calor é insuportável.

Os carros não param, e é a noite que eles resolvem fazer o tal “pega”. Quando não é carro é moto.

Do outro lado da rua, alguns doidos se abrigam na casa abandonada. Um casarão enorme, lindérrimo e hoje, podre jogado às traças. Já arrancaram as portas da frente, um pedaço do portão e um dia desses eu vi um senhor levando as telhas, a polícia chegou na hora.

Na frente, fica o point dos taxistas, como sou cliente assídua, o meu desconto já está garantido. Se o meu sorriso fosse fácil, eu andava de graça oras!

Então o filho da vizinha, resolve chegar de madrugada, cá pra nós, acho que ele chega meio embriagado, faz barulho, derruba o cadeado, estaciona o carro na minha calçada e de manhã cedo sai.

E a única coisa que eu faço é apagar e acender as luzes da casa.