quarta-feira, 16 de julho de 2008

Uma semana antes de cair doente de varicela, assistir uma palestra sobre “Controle do Estresse” e no final o palestrante fez indicações sobre livros, um deles: “O Prazer de Estar em Casa”, acho que é esse o título, não lembro direito.

Depois de dias de febre e doses de antibiótico, eu pude levantar da cama. Fui ao dentista remover as suturas da extração do bendito dente incluso, sendo que ainda falta mais três para arrancar, todos in-clu-sos. Só vendo o rombo que ficou. Voltei pra casa, e quando o dono da casa resolve tomar posse do controle remoto, aí já viu, televisão só de madrugada. O que fazer? Comer? Mas eu só posso mastigar de um lado e isso irrita. Arrumar os livros? Ainda não posso carregar peso. Violão? Com a mão cheia de bolhas? Não, não.

A agenda, os aniversariantes. Fui arrumar o espaço que me faz lembrar de datas. Pra quem não sabe desde que comecei escrever, ando com agenda. A mais antiga é de 2003. Aí, imagina nas coisas absurdas que fui encontrando dentro dessas agendas. Tá, eu só ia procurar os aniversariantes e acabei encontrando uma carta de amor que ganhei, uma carta de mil-novecentos-e-bundas, com erros manchados, erros piores do que os meus, credo! Realmente, quando se tem 14 anos de idade a noção é mínima, vou te contar!

O pior foi perceber que antes escrevia muito mais e melhor do que hoje. Parece que regredi. Até minha caligrafia era decente, hoje nem eu entendo direito. Reler a inúmeras frases de Nietzsche, “ame o que não pode ser mudado... amor fati”. O problema é quando você chega naquelas partes que você não deseja lembrar.

No final da procura, eu lembrei do livro do palestrante. Há tempos não fazia uma coisa dessas de ficar em casa revirando papel.

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